Este post é originalmente uma quase resposta para este blog da minha amiga Falcon:
http://mentenamultidao.blogspot.com/
Todos possuem sonhos, desde de pequeno as pessoas sempre tiveram sonhos, de ser um mágico, astronauta, artista...
Mas reparei em uma coisa que me pertuba, essas crianças quando crescem parecem se esquecer disso, das esperanças e anseios de quando eram menores, olho para uma banca de jornais e vejo naquelas revistas femininas "Faça sua carreira", "Seja uma mulher respeitada: Supere o chefe!", "Não seja pisada, pise!".
A impressão que me passa é de que na vida temos que pisar nos outros, não podemos seguir nossos sonhos pois estes são utópicos demais para a nossa sociedade, onde o capitalismo comanda tudo, onde realmente não há espaço para ser o que você deseja e sonha.
E então a pessoa que vive até aquele momento disso vê o seu mundo ruir como uma parede fina de vidro para então ver o que realmente há atrás daquilo: Um mundo triste, onde uma competição invisivel de ego é disputada a todo momento.
E sem este guia, é comum a pessoa se perder no mundo, não saber seu rumo e ficar desesperada.
"Não tenho mais nada", "Por que ainda vivo se não tenho algum motivo?", "Sou imprestável, não faço nada que ajude em algo".
Humanos são seres que necessitam de atenção para viver, precisam se sentir queridos e úteis, ninguém nunca vive sozinho, mesmo o mais antisocial gosta de carinho e atenção, prova disto são os jogos online, onde todos podem descontar suas frustações da vida real, um lugar reconfortante onde ninguém sabe realmente quem é você e você não sabe quem é aquele que você está pisando em cima.
E para chamar a atenção elas precisam fazer algo de destaque, ter uma carreira impecável, ser um bom empregado, ter um bom salário, uma familia modelo, uma casa bonita, um cachorro fofo e assim vai, quando não possuem o que a mídia comanda, a pessoa fica triste e consequentemente em depressão.
Pessoas são feitas de sonhos, mas ao mesmo tempo que é um grande impulso para dar mais um próximo passo, é ao mesmo tempo um destruidor, principalmente para aqueles que não subiram em cima de uma carteira.
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