Um olhar ao céu azul me fez lembrar de algo bem distante, aquela sensação que à muito tempo havia esquecido, de sorrir por qualquer coisa por mais simples que fosse, de lembrar o quão é bom se levantar e ver um dia simples de verão ou mesmo o entardecer do outono, uma leve brisa que gentilmente acaricia a sua face.
Nestas horas fico feliz por viver em uma cidade rural pois apesar de não haver nada, ao mesmo tempo tenho tudo, eu olho para aquela folha em branco em minhas mãos, "O que irei criar hoje?", eu penso e logo já crio.
Quando olhei minha criação que fiz debaixo das estrelas logo pensei: Quando as pessoas pararem de existir e sobrar uma pessoa e ela encontrar o que fiz, será que ele saberá o quanto amei minhas crianças?
Desgraça, caos, destruição.
Isso é tudo o que as profecias apocalípticas prevêem no futuro, me pergunto agora se as pessoas tem um elo forte com a palavra destruição pois elas sempre profetizam o pior que pode acontecer, a mais solitária das criaturas sempre vai querer se sentir importante, não importa qual seja a desculpa, uma morte gloriósa é o que todos esperam.
Se o mundo fosse mesmo mudar de forma drástica em 2012, o máximo que farei é deixar para quem ficará a história de minhas crianças que tanto amei.
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